agrupamentos: desenho, formas-industriais-de-producao-de-memoria, livro-de-artista, memorabilia
Diário de viagens para lugares que nunca fui

Diário de viagens para lugares que nunca fui

Caderno de desenhos | dimensões: fechado 14,5 x 22,3 x 2 cm | aberto 29 x 22,3 x 2 cm miolo: 96 páginas papel alta alvura 180g | desde 2015
Materiais já utilizados para os desenhos: lápis grafite nº2, HB, 2b, 4b, 6b, 8b, nanquim, caneta esferográfica preta, canetas hidrográficas, tinta acrílica, medium acrílico e corretivo líquido.

Caderno performático de desenhos com registros de lugares que anseio no tempo de uma vida um dia visitar. São, dessa forma, desejos e promessas de vida capturados a partir de imagens de mapeamento do Google Street View, banco de imagens digitais, redes sociais, álbuns de família, cartões-postais e relatos de viagens de outras pessoas.

Os desenhos são sempre publicados nas redes sociais do artista gerando falsas marcações de deslocamentos nos mapas globais, como se os lugares virtuais retratados tivessem sido realmente visitados.

Como parte da ação performática que envolve este projeto, cabe apontar ainda que, quando e caso algum desses lugares retratados for de fato visitado, o artista deve se registrar fotograficamente no local com o caderno aberto nas páginas do desenho realizado previamente. Como devoção pessoal, penitência e pagamento da promessa cumprida, o desenho deve ser coberto com uma camada de tinta preta após a realização da foto. A falsa memória se torna realidade, o desenho-desejo-promessa se torna ex-voto. A ação do registro gerará um ensaio fotográfico, e a ação do apagamento, uma série de pequenos vídeos. E talvez, no tempo desta vida, eu tenha um caderno com todas as páginas negras